ATA DA QUADRAGÉSIMA NONA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 30-5-2012.
Aos trinta dias do mês de
maio do ano de dois mil e doze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio
Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze
minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Airto
Ferronato, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Elói Guimarães, João
Carlos Nedel, José Freitas, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher,
Paulinho Rubem Berta, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. Constatada a
existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda,
durante a Sessão, compareceram os vereadores Alceu Brasinha, Bernardino
Vendruscolo, Dr. Goulart, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro
Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Bosco
Vaz, Kevin Krieger, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Nelcir Tessaro, Pedro Ruas,
Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valter Nagelstein. À MESA,
foram encaminhados: o Projeto de Lei do Legislativo nº 086/12 e o Projeto de
Resolução nº 052/11 (Processos nos 1160/12 e 4044/11,
respectivamente), de autoria do vereador Idenir Cecchim; e o Projeto de Lei do
Legislativo nº 080/12 (Processo nº 1061/12), de autoria do vereador Márcio Bins
Ely. Também, foi apregoado o Ofício nº 476/12, do senhor Prefeito, encaminhando
o Projeto de Lei do Executivo nº 028/12 (Processo nº 1384/12). Após, foram
apregoados os seguintes Memorandos, deferidos pelo senhor Presidente,
solicitando autorização para representar externamente este Legislativo: nº
027/12, de autoria do vereador Beto Moesch, amanhã, na palestra “Os efeitos das
alterações do Código Florestal no meio urbano”, na Fundação Escola Superior de
Direito Municipal, em Porto Alegre; nº 037/12, de autoria do vereador Carlos
Todeschini, ontem, no Grande Expediente da Assembleia Legislativa do Estado do
Rio Grande do Sul em homenagem ao centenário das Igrejas Batistas Independentes
no Brasil, às quatorze horas, no Plenário 20 de Setembro do Palácio
Farroupilha, em Porto Alegre; e nº 014/12, de autoria da vereadora Fernanda
Melchionna, hoje, na 28ª Reunião do Fórum Gaúcho para Melhoria das Bibliotecas
Escolares e Públicas, às treze horas, no Município de Sapucaia do Sul – RS. Do
EXPEDIENTE, constaram: Ofícios do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da
Saúde, emitidos nos dias dez e onze de maio do corrente; Ofício nº 011/12, do
senhor Antonio José Gonçalves Henriques, Diretor Executivo do Fundo Nacional de
Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. A
seguir, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador João Antonio Dib,
solicitando Licença para Tratamento de Saúde no dia de hoje. Durante a Sessão,
deixaram de ser votadas as Atas da Trigésima Sexta, Trigésima Sétima e
Trigésima Oitava Sessões Ordinárias e da Oitava, Nona, Décima e Décima Primeira
Sessões Solenes. Após, por solicitação do vereador Pedro Ruas, foi realizado
um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao senhor Leandro Nunes da Silva. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Idenir Cecchim, Pedro Ruas
e Bernardino Vendruscolo. Em continuidade, nos termos do artigo 94, § 1º, alínea “g”, do Regimento, o
senhor Presidente concedeu TEMPO ESPECIAL ao vereador Valter Nagelstein, que
relatou sua participação, em Representação Externa deste Legislativo, nos dias
vinte e oito e vinte e nove de maio do corrente, em Audiência Pública destinada
a debater a epidemia de acidentes envolvendo motocicletas no Brasil, em
Brasília – DF. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se a vereadora Sofia
Cavedon e os vereadores Luiz Braz, Kevin Krieger, Engenheiro Comassetto, Valter
Nagelstein e Márcio Bins Ely. Na ocasião, foi apregoado Requerimento de autoria
do vereador Adeli Sell (Processo nº 1268/12), deferido pelo senhor Presidente,
solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, do dia
de ontem ao dia primeiro de junho do corrente, no XIX Encontro da Associação
Brasileira das Escolas do Legislativo e de Contas, no Município de Natal – RN.
Às quinze horas e vinte e sete minutos, constatada a existência de quórum, foi
iniciada a ORDEM DO DIA. A seguir, foi aprovado Requerimento de autoria do
vereador DJ Cassiá, solicitando a retirada de tramitação das Emendas nos
19 e 20 apostas ao Projeto de Lei do Legislativo nº 187/08 (Processo nº
3862/08). Em prosseguimento, foram apregoadas as Emendas nos 22 e
23, de autoria do vereador Tarciso Flecha Negra, Líder da Bancada do PSD, ao
Projeto de Lei do Legislativo nº 187/08 (Processo nº 3862/08). Também, foi
apregoada a Emenda nº 01, de autoria do vereador Toni Proença, Líder da Bancada
do PPL, ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 023/05 (Processo nº
3243/05) e foi aprovado Requerimento de autoria do vereador Engenheiro
Comassetto, solicitando que essa Emenda fosse dispensada do envio à apreciação de
Comissões Permanentes. Ainda, foram apregoados Requerimentos de autoria dos
vereadores Engenheiro Comassetto e Beto Moesch, solicitando votação em
destaque, respectivamente, para a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 023/05 e para a Emenda nº 23 aposta ao Projeto
de Lei do Legislativo nº 187/08. Em continuidade,
foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador Pedro Ruas, solicitando
alteração na ordem de apreciação da matéria constante da Ordem do Dia, e o
vereador Beto Moesch formulou Requerimento verbal, deferido pelo senhor
Presidente, solicitando votação conjunta de Emendas apostas ao Projeto de Lei
do Legislativo nº 187/08. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto
de Lei do Legislativo nº 187/08 (Processo nº 3862/08). Foram votadas
conjuntamente e aprovadas as Emendas nos 01, 03, 05, 06, 08, 09, 10,
16, 17, 18, 21 e 22 e a Subemenda nº 01 à Emenda nº 10 apostas ao Projeto de
Lei do Legislativo nº 187/08. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº
23 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 187/08, por um voto SIM e vinte e
dois votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelos vereadores João Carlos
Nedel e Beto Moesch, em votação nominal solicitada pelo vereador Beto Moesch,
tendo votado Sim o vereador João Carlos Nedel e Não os vereadores Airto
Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Goulart, Dr.
Thiago Duarte, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, João
Bosco Vaz, José Freitas, Kevin Krieger, Luiz Braz, Maria Celeste, Mauro
Pinheiro, Nelcir Tessaro, Pedro Ruas, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia
Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. Foi aprovado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 187/08, por vinte e seis votos SIM e um voto NÃO, em votação
nominal solicitada pelo vereador Beto Moesch, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Bernardino
Vendruscolo, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Goulart, Dr. Thiago Duarte, Elói
Guimarães, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir
Cecchim, João Bosco Vaz, José Freitas, Kevin Krieger, Luiz Braz, Márcio Bins
Ely, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Pedro Ruas, Professor
Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença e
Não o vereador João Carlos Nedel. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o
Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 023/05 (Processo nº 3243/05). Foi
votada destacadamente e aprovada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 023/05. Foi aprovado o Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 023/05. Às quinze horas e cinquenta e um minutos, o senhor Presidente
declarou encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram:
em 1ª Sessão, os Projetos de Resolução nos 022, 025, 026 e 030/12;
em 2ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 012/12. Durante a
Sessão, os vereadores Maria Celeste, Engenheiro Comassetto, Dr. Thiago Duarte e
Sofia Cavedon manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Às quinze horas e
cinquenta e quatro minutos, o senhor Presidente declarou encerrados os
trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pelos vereadores Mauro Zacher e Carlos Todeschini e secretariados
pelo vereador Carlos Todeschini. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após
distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.
O SR. PEDRO RUAS (Requerimento): Sr. Presidente, solicito um minuto de silêncio pelo falecimento do Sr.
Leandro, que trabalhou conosco durante alguns meses como garçom, muito eficaz,
e que ficou amigo de todos aqui.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Deferimos o pedido.
(Faz-se um minuto de
silêncio.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Solicito ao Ver. Carlos Todeschini que secretarie os trabalhos para a
leitura das proposições e do material encaminhado à Mesa.
(O Ver. Carlos
Todeschini procede à leitura das proposições encaminhadas à Mesa.)
O SR. PEDRO RUAS (Requerimento): Sr. Presidente, tenho um Requerimento em relação à Ordem do Dia.
Consultei algumas Lideranças da Casa, particularmente o Ver. Beto Moesch, o
Ver. Toni Proença e o Ver. Engenheiro Comassetto, e solicito inversão dos
trabalhos da Ordem do Dia, votando-se, primeiro, o PLL nº 187/08, de autoria do
Ver. Beto Moesch, e, em segundo lugar, o PLCL nº 023/05, do Ver. Engenheiro
Comassetto.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Ver. Pedro Ruas, assim que ingressarmos na Ordem do Dia, colocarei em
votação o Requerimento de Vossa Excelência.
O SR. PEDRO RUAS: Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Idenir
Cecchim está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, é uma quarta-feira que promete muito: o Ver.
Tessaro esperando que o Internacional continue vendendo os seus jogadores, e,
como o Brasinha não está aqui, então, vamos falar de coisas que não sejam
futebol. Também não vamos falar de subsídios neste momento de Liderança, para
não prejudicar a presidência da Casa, porque, ontem, eu vi um post da Ver.ª Sofia Cavedon no Twitter,
e eu acho que as coisas se precipitaram pela ansiedade dela em culpar os
outros. Na Rádio Gaúcha, ela quis jogar “todos os Vereadores são culpados, e eu
não, foram os outros que quiseram”, e não é bem assim que se faz, não há
culpados. É uma Câmara inteira, são 36 Vereadores; a discussão é permitida,
quem é a favor e quem é contra; agora, não se deve tentar sair de mocinha ou
mocinho e deixar os outros todos como bandidos. Isso não fica bem.
Eu fiquei estarrecido, de novo – já falei sobre
este assunto –, não com o Cachoeira, com esse escândalo, porque isso já está
enchendo os tubos dos brasileiros, não dá mais para falar sobre isso, mas
fiquei estarrecido com o bate-boca do Ministro do Supremo e do ex-Presidente
Lula, que está fazendo por escrito esse bate-boca. Nós aqui temos que manter a
independência dos Poderes, e eu tenho certeza de que nenhum Vereador é
convidado a não votar um Projeto porque não interessa a alguém. Se fizessem
isso comigo, eu faria a mesma coisa que o Ministro do Supremo fez: contar para
a sociedade o constrangimento que ele sofreu do ex-Presidente Lula para
postergar esse julgamento do “mensalão”, uma vergonha nacional, uma boca de
dragão que abocanhou quase todos os Partidos pela indecência daqueles que votam
pensando em vantagens pessoais.
A votação dos túneis verdes, Projeto do Ver. Beto
Moesch, será hoje, é um assunto importante. Eu comecei a andar pela Cidade e a
olhar aquilo que se tem que preservar, algumas coisas que se deve tomar
iniciativa para preservar, fazer a manutenção, como diz o Ver. Bernardino
Vendruscolo. Para preservar, alguém tem que se responsabilizar. A Prefeitura e
os Vereadores querem preservar as árvores, as casas tombadas, e aí o Município
tem que dizer: “Olha, eu obrigo você a manter, mas eu vou fazer a manutenção”,
porque, a partir do momento que a Prefeitura ou qualquer ente público obriga,
ele tem que participar. Isso acontece no nosso Centro Histórico. Nós temos que
preservar os nossos prédios, mas a Prefeitura tem que fazer parte dessa
manutenção, para evitar o perigo, até mesmo porque muitos desses prédios
históricos, aqui em Porto Alegre, muitas vezes são confundidos com coisa velha,
ou coisa velha é confundida com coisa histórica. Tem que ter um critério bom
nisso, e, a partir do momento em que se faz um tombamento, ou que se lista, a
Prefeitura que faça alguma coisa: dê incentivo para recuperar ou que assuma a
manutenção.
Nestes poucos minutos da quarta-feira, em que
usamos o tempo de Liderança, era esta a mensagem, a da nossa responsabilidade,
a responsabilidade de cada cidadão e, principalmente, do Poder Público, de
ajudar na manutenção e no embelezamento da Cidade; na frente da sua casa, cada
um se responsabilizando, nós teremos melhores condições de manter a nossa
Cidade mais bonita.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. PEDRO
RUAS: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, público que nos
assiste, nos últimos dias surgiu um tema, Ver. Márcio Bins Ely, que me trouxe à
reflexão antigos debates que travei quando fui Conselheiro, Ver. Todeschini,
por dois mandatos, da OAB aqui no Estado, e por um mandato federal: é a questão
da origem do dinheiro que paga os honorários de um advogado.
Este é um debate muito difícil de ser travado. Sou
advogado há 35 anos e sempre tive uma posição. Neste momento o que vejo é que
isso toma conta de debates, em plano nacional, em função do fato, Ver. Tessaro,
que também é advogado, de que o Dr. Márcio Thomaz Bastos, ex-Ministro da
Justiça, assume a defesa do Carlinhos Cachoeira com honorários – isso hoje está
em todos os jornais – de R$ 15 milhões. Este não é o problema, exatamente, o
valor dos honorários; o problema é a origem do dinheiro. De onde veio o
dinheiro que pagará os honorários do Dr. Márcio Thomaz Bastos? Nem entrarei no
detalhe, bem salientado pelo Ver. Engenheiro Comassetto, dia desses, de que é
no mínimo estranho um ex-Ministro da Justiça defender alguém que lesou tanto o
Poder Público, como esse Carlinhos Cachoeira.
Estou noutra discussão – mesmo que concorde com
esse aspecto abordado pelo Ver. Comassetto –, que, na verdade, envolve a Lei
Federal nº 9613/98, Ver. Todeschini, uma Lei específica, Ver. Freitas, sobre
lavagem de dinheiro. Nesta Lei, são criminalizados os que fazem lavagem e todos
os que colaboram com ela. Quem me garante, em tese, num caso hipotético – não
nesse, pois não é uma acusação –, que, se um megatraficante paga R$ 10 milhões
para um advogado, ficando esse dinheiro lícito na forma de honorários, ele não
vai receber de volta R$ 5 milhões? Isso pode ser uma lavagem – não estou
dizendo que seja, mas pode ser.
O que tenho convicção é de que a origem do dinheiro
é ilícita! O Sr. Cachoeira não tem nenhum centavo disponível. Não tem nenhum
bem que não esteja bloqueado. Ele não pode pagar R$ 15 milhões para o seu
advogado, mas está pagando. Isso precisa ser investigado imediatamente pelo
Poder Público, em todas as esferas.
Na área do Ministério Público, já há um pedido do
Procurador do TRF – 4ª Região, bem como na área do Imposto de Renda, porque não
é possível,
Ver. Tarciso, que uma pessoa que não tenha um centavo disponível consiga pagar
R$ 15 milhões para advogado. Não é possível!
Além disso, não podemos esquecer que todo e
qualquer dinheiro oriundo desse cidadão tem origem ilícita. Ele não vai se
tornar lícito só porque se transforma em honorários. Lavagem de dinheiro não se
transforma em dinheiro lícito; ao contrário, com esse tipo de informação, é
hora, sim, de os Poderes Públicos responsáveis pelo tema, pela área, entrarem,
imediatamente, em ação e fazerem a sua parte.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Mauro Zacher; Sras. Vereadoras
e Srs. Vereadores, quero agradecer aos Vers. Tarciso Flecha Negra e Nelcir
Tessaro, da minha Bancada, por me oportunizarem vir a esta tribuna para falar
das cachoeiras de Porto Alegre!
Olhem aqui, Srs. Vereadores, a Rua Sezefredo
Ignácio de Oliveira, na Zona Norte de Porto Alegre. Temos fotos também da Zona
Sul de Porto Alegre.
(Mostra fotografias.)
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Com todo o respeito, nós, hoje, ligamos a
televisão, o rádio, abrimos um jornal e recebemos notícias só do Cachoeira de
Brasília; estamos esquecendo das cachoeiras de Porto Alegre. Não é uma crítica
aos meus colegas, mas é um posicionamento que acho que cada um deve tomar. Eu
quero me preocupar mais com as cachoeiras de Porto Alegre.
Isto é um cartão-postal de Porto Alegre, lá na
Praça XV. (Mostra fotografia.)
Quando é que vamos enfrentar essas questões que
precisam ser enfrentadas?
Esta foto mostra a Rua Riachuelo com a Rua Marechal
Floriano Peixoto. Depois de muito trabalho, a Prefeitura resolveu fazer o que
precisava ser feito, só que não termina a obra. (Mostra fotografia.)
Hoje, no jornal Correio do Povo, tem uma manchete:
“Conserto de calçadas é exigido”. Vou voltar a defender uma tese que venho
defendendo há muito tempo, ainda que exista uma Lei que diga diferente, ou
melhor, a atual Lei diz que é responsabilidade dos particulares conservar e
consertar calçadas públicas. Há uma Lei, só que é da época em que a Prefeitura
de Porto Alegre não elegia Prefeito, indicava. Era a prática do momento, não é
nenhuma crítica, só para lembrá-los.
O valor do IPTU naquela época, há 38 anos, era um
valor insignificante, não representava tanto no orçamento dos cidadãos, tanto é
que se aguardava, como era costume, dois ou três anos, ou mais, dependendo de
cada um, evidentemente, para ir lá e pagar o IPTU. Eram valores que não
representavam tanto no orçamento, como representam hoje. Por outro lado, a
própria expressão diz: passeio público; se é público, tem que ser do público,
não pode ser do particular. Como nós vamos aceitar essa ideia de que a
Prefeitura autoriza e acaba sendo obrigada a autorizar a abertura de valetas
nas calçadas, para a instalação de tubulações do DMAE, fiação das empresas de
telefonia, da CEEE, e por aí vai? Depois, é cobrado dos particulares o
conserto, sendo que, na maioria das vezes, essas empresas deixam as calçadas
sem as mesmas condições, ou o conserto que fazem, com o passar dos dias, começa
apresentar os defeitos que nós estamos vendo pela Cidade. Não vou dizer aqui
que a Prefeitura deveria consertar primeiro as suas calçadas, para, depois,
cobrar dos particulares, porque todo mundo sabe que essa é uma questão até
lógica, mas não é só isso. Nós precisamos enfrentar as legislações
desatualizadas e esta é uma Lei desatualizada: quer impor aos particulares uma
obrigação do Poder Público. Ou nós enfrentamos o problema para trazer mais
consideração e respeito aos cidadãos, ou vamos perder o próprio direito de
questionar com os particulares aquilo que, efetivamente, é de
responsabilidade deles.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Valter
Nagelstein está com a palavra em Tempo Especial.
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Sr. Presidente;
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; senhoras e senhores que nos acompanham nas
galerias e na TVCâmara, ontem eu estive representando o nosso Legislativo em
Brasília, em Audiência Pública convocada pela Senadora Ana Amélia Lemos, para
que se discutisse uma questão muito grave no nosso País; na verdade, uma
tragédia cotidiana no nosso País, que é a questão dos acidentes envolvendo
motocicletas, tragédia permanente das nossas cidades.
Esta Audiência
Pública iniciou ontem às 9h e foi até ao meio-dia; foi composta por dois
painéis, cada um dos painéis com cinco debatedores, debatedores esses contando
com o representante da classe laboral, dos trabalhadores, do Sindicato, com os
representantes da classe patronal; também com médicos, especialmente médicos
intensivistas, esses que trabalham no dia a dia das UTIs, dos hospitais,
especialmente com politraumatizados desses acidentes. Estavam lá todos os que
trabalham, orbitam nesse meio que envolve a motocicleta, que é um dos veículos
de transporte mais importantes do nosso dia a dia.
Nós constatamos
ontem, Ver. Tarciso, nessa reunião, e a partir da apresentação do representante
do Denatran, das seguradoras que lá estavam também, alguns números muito
interessantes. Porto Alegre hoje, vejam V. Exas., tem 80 mil motocicletas
registradas, emplacadas na nossa Cidade; mais ou menos 10% do número de
veículos que nós temos emplacados em Porto Alegre.
O seguro obrigatório,
o DPVAT, tem repassado ao SUS, por ano, por força dos sinistros e dos acidentes
– Ver. Dr. Goulart, V. Exa. que é médico –, R$ 300 milhões, para que faça
frente a essa tragédia diária. Vejam, ilustres colegas Vereadores, nós nos
horrorizamos ao sabermos que, por ano, morrem no Brasil, 250 pessoas vítimas de
dengue, quando, na verdade, no trânsito, nós temos um número mil vezes maior do
que esse, porque são 40 mil pessoas, Ver. Toni Proença, que morrem todos os
anos em acidentes de trânsito no nosso País. Desse número, 1/3 são de
acidentados com motocicletas; são pessoas não só que morrem – certamente essa é
a maior das tragédias –, mas há um outro número muito grande de pessoas que
ficam inválidas, que deixam de poder trabalhar, de levar o sustento e acabam
onerando a própria Previdência brasileira.
O que se viu também
de interessante e que eu quero compartilhar com os ilustres colegas, Sr.
Presidente, é que, do universo de motociclistas do nosso País, 40% diz que é
motociclista, se confessa motociclista, face às péssimas condições do
transporte público brasileiro. Somente uma parcela minoritária desse universo,
que é de 16%, se diz ou informa que usa a motocicleta como ferramenta de
trabalho, são os nossos motobóis, motofretistas.
Agora, de tudo o que
se viu ontem lá, o que é mais importante é que é necessária a mobilização dos
Poderes Públicos Municipais, das Secretarias Municipais de Transporte, no caso
de Porto Alegre, da EPTC. E, mais importante: às vezes, o que mais me choca é o
desinteresse das nossas Câmaras de Vereadores, das nossas Casas Legislativas
por essa tragédia que acomete a população todos os dias. Por força disso, Sr.
Presidente, eu estou requerendo à Comissão de Saúde desta Casa uma Reunião em
que sejam convocados médicos do Pronto Socorro e de outros hospitais para que
nos informem sobre os índices de acidentados, de pessoas com fraturas por força
dos acidentes com motocicletas, e, também, a Empresa Pública de Transporte e
Circulação para que nos informe sobre políticas de prevenção e de educação,
porque não há política de prevenção de acidentes. E nisso nós estamos todos
engajados: Sindicato dos Motociclistas, o patronal e dos empregadores, todos
querem trabalhar pela diminuição do índice de acidentabilidade.
Além dessa proposição
de uma Reunião na nossa Comissão de Saúde, eu estou pedindo, estou
encaminhando, Sr. Presidente, um Projeto de Lei que visa a criar um espaço
delimitado para o motociclista transitar pelas ruas da nossa Cidade, o que é
muito importante e ajuda na redução do número de acidentes. Era esse o relato,
Sr. Presidente, o tempo se esgota e eu agradeço. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): A Ver.ª Sofia
Cavedon está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, agradeço aos Partidos de oposição e espero estar
à altura das suas representações nesta fala.
Em primeiro lugar,
quero fazer uma denúncia e um apelo. Os professores da Rede Municipal de Ensino
estão impactados pela medida tomada pelo Governo Municipal de cortar os pontos
pelo dia da manifestação da terça-feira passada. O Prefeito Fortunati encerra a
negociação com a categoria; não estabelece mesa de data base; não responde ao
conjunto das pautas; diz que dará a inflação e é isso.
A categoria, no seu
direito, paralisa um dia, se mobiliza; a maioria são professores municipais que
sempre recuperam as aulas. E os pontos foram confiscados nas escolas! Foi
passada uma caneta vermelha! Foi determinado às Direções das escolas que
entreguem o nome dos professores que paralisaram! Os professores que não foram
pela manhã e que iam pela tarde tiveram falta! Os professores que não tinham
que ir à escola naquele dia tiveram falta! Ou seja, injustiças foram cometidas
com prejuízos para a carreira. Os professores estão ligando, indignados, pois
nunca foram tratados dessa maneira; sempre recuperaram aula, e eles têm direito
à sua manifestação sindical!
Então, eu quero fazer
esta denúncia e colocar à base do Governo que é inaceitável um tratamento desse
tipo à categoria dos professores municipais, especialmente, porque esses sempre
foram muito sérios com o trabalho realizado e sempre responderam recuperando todas
as aulas em todas as suas mobilizações.
O segundo tema é
sobre a CPI do Instituto Ronaldinho. Enquanto se fecha o diálogo com aquela
categoria, não se recebe os monitores de escolas. A postura do Governo em
relação ao Instituto Ronaldinho foi de uma generosidade absurda e
surpreendente! Ora, além dos R$ 6 milhões investidos diretamente entregues ao
Instituto Ronaldinho – que tem, Ver. Mauro Pinheiro, Presidente da CPI, enormes
problemas de prestação de contas –, além dessa benesse de R$ 6 milhões em três
anos, houve todo o apoio direto da Prefeitura, com serviços, com pessoal, para
o Instituto Ronaldinho financiar. Havia três linhas públicas de telefone –
3289-5908, 3289-5909 e 3289-5910 – atendendo ao Instituto Ronaldinho, que, além
dos R$ 6 milhões, não teve de pagar telefone. Não teve que pagar água, pelo que
nos consta; não teve que pagar limpeza; ao contrário, o DMLU colocou em torno
de cinco funcionários no Instituto Ronaldinho, Ver. Pedro Ruas, limpando,
capinando, mantendo limpo, para não gerar mais custo para o Instituto
Ronaldinho, que só recebeu R$ 6 milhões! Toda a alimentação das crianças era
feita nas escolas do Município e levada ao Instituto Ronaldinho; toda a
alimentação! E mais: a SMED disponibilizava servidoras para servir as crianças
– não saía do custo do Instituto Ronaldinho. A coordenação do trabalho era
feita por professoras municipais – não saía dos R$ 6 milhões, Ver. Braz. A
PROCEMPA instalou lá um centro de processamento de educação na área de
informática, de alto luxo – tudo com funcionários servindo o Instituto
Ronaldinho; tudo a mais do que os R$ 6 milhões.
Então, essas são
benesses que não são dadas para nenhuma creche comunitária, para nenhuma
instituição que trabalha com esporte, com lazer, que luta para atender a
criança e o adolescente, que recebe muito menos do que o serviço que faz.
Então, é muito importante essa CPI, Ver. Mauro Pinheiro, que ela seja efetiva,
que ela recupere para os cofres públicos o recurso público que foi desviado,
que foi mal-empregado e que não beneficiou a sociedade de Porto Alegre.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Luiz
Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ BRAZ: Presidente desta
Casa, Ver. Mauro Zacher; Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, senhoras e
senhores; Ver.ª Sofia Cavedon, nós somos favoráveis a que aquelas pessoas que, de
alguma forma, lesaram o nosso Município, lesaram o Poder Público, sejam
cobradas e retornem ao Poder Público aquilo o que elas levaram. Aqui se fala em
R$ 6 milhões, mas eu não vejo, Ver.ª Sofia Cavedon, V. Exa. vir aqui e dizer,
por exemplo, que aqueles réus do “mensalão”, que são muitos e são liderados
pelo ex-Presidente da República, o Sr. Lula da Silva, devam devolver tudo
aquilo em que eles lesaram o patrimônio público, tudo aquilo em que eles
prejudicaram a população brasileira. Eu não vejo a Ver.ª Sofia Cavedon vir aqui
e cobrar com veemência que o líder do “mensalão”, o Sr. Lula da Silva, foi a um
encontro no escritório do Nelson Jobim, um encontro secreto com o Ministro do
Supremo Tribunal Federal que vai julgar o “mensalão”. Para que, Ver. Elói? Para
quê? Simplesmente com o objetivo de pressionar o Supremo Tribunal Federal para
que ele não julgue o “mensalão” e que aqueles réus, dos quais o Sr. Lula da
Silva é líder, não sejam punidos e não sejam obrigados a devolver o que
roubaram do patrimônio. Aí V. Exa. fica silenciosa, Ver.ª Sofia Cavedon! E não
fica por aí, Vereadores, porque, afinal de contas, os episódios vão se somando.
Nós falamos do “mensalão”, mas já tem episódios novos, e o pessoal do PT, o
pessoal vinculado ao PT vai colocando tudo debaixo do tapete, não querendo que
as investigações sejam feitas. Nós, em Porto Alegre, não apenas queremos que as
investigações sejam feitas, como o Prefeito José Fortunati tem tomado todas as
providências para que aquelas pessoas que, de alguma forma, lesaram o
patrimônio público sejam punidas e devolvam a Porto Alegre aquilo do que se
beneficiaram. Então, o Prefeito Fortunati não pode ser cobrado absolutamente de
nada, ele tomou todas as providências necessárias. Agora, não foi a mesma coisa
que nós vimos em nível de Governo Federal. Em nível de Governo Federal, tudo
ficou, na verdade, escamoteado!
O Sr. Lula da Silva tenta defender os seus
apaniguados. O Sr. Zé Dirceu se esconde nas sombras para poder, nas sombras,
agir contra a população brasileira. Pessoas que enriqueceram, Ver.ª Sofia
Cavedon, e fazem parte do seu Partido; enriqueceram com o dinheiro público!
Enriqueceram! O seu Presidente, o filho do seu Presidente, a família do seu
Presidente, o advogado do seu Presidente, todos eles! Quinze milhões de reais,
Ver. Cecchim, só para o advogado do Presidente da Ver.ª Sofia! Foram R$ 15
milhões, que ele diz que não precisa dizer de onde vieram porque isso faz parte
da ética profissional e, se faz parte da ética profissional, nada pode ser
revelado. Pelo amor de Deus! Fica igual àquele outro Ministro da Fazenda que
também roubou o País e não precisou dar declarações para o Imposto de Renda nem
nada – o Palocci –, e ficou tudo como estava.
Nós precisamos realmente tratar a coisa pública
como nós devemos tratar a coisa pública. Aqui em Porto Alegre, as coisas estão
bem, porque o Prefeito exige que o que for surrupiado do Município seja
devolvido. Agora, em nível federal não acontece a mesma coisa.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Carlos Todeschini assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Kevin Krieger está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. KEVIN
KRIEGER: Presidente, Ver. Todeschini; Vereadoras e Vereadores; eu queria
aproveitar esta oportunidade e fazer um relato, DJ Cassiá, do que nós estamos
vivendo na Segurança pública no Rio Grande do Sul e, especificamente, em Porto
Alegre. Na sexta-feira retrasada, Ver. Todeschini, após deixar meu filho na
casa da avó, fui calçado por dois homens armados que levaram o veículo,
celulares, carteira, relógio, tudo o que tinham o direito...
(Aparte antirregimental do Ver. Dr. Goulart.)
O SR. KEVIN
KRIEGER: ...e que não tinham o direito, no Rubem Berta. Casualmente, no sábado de
manhã, Ver. Mauro Pinheiro, o jornal Zero Hora estampava: “Aumento de roubos na
Capital”. Na terça-feira da semana seguinte, acharam o veículo intacto na casa
da esposa da pessoa que me assaltou, e, junto ao veículo, estava um automóvel
Vectra, comprado no leilão da Segurança pública, aquele mesmo, Ver.ª Sofia, que
nós vimos na reportagem do Fantástico há uma ou duas semanas. A reportagem
mostrava que eles compram as sucatas nos leilões dos órgãos da Segurança
pública do nosso Estado. Para minha felicidade – na verdade, o carro que eu
andava não era nem meu, era emprestado do meu irmão, tinha seguro –, na
terça-feira seguinte, foi encontrado, como eu falei, junto com o Vectra da
Polícia Civil, comprado no leilão pelos bandidos.
O pior de tudo isso foi quando me ligaram da
Delegacia de Gravataí dizendo que tinham encontrado o veículo em torno do
meio-dia. Às cinco da tarde, me dirigi à Delegacia; o carro foi recuperado ao
meio-dia por policiais militares. Eram seis policiais militares que estavam
atrás, porque a pessoa que me assaltou era foragido da Polícia e foi preso
sexta-feira à noite, jantando no Shopping de Cachoeirinha. Investigando essa
pessoa, eles chegaram na esposa e encontraram o veículo na casa dela. Só que o
pior de tudo isso, Ver.ª Sofia, Ver. Mauro e Vereadores do PT, que são
importantes nesse processo, é que nós gostaríamos, Ver. Pedro Ruas, só para
vocês entenderem... Os policiais militares ficaram, na Delegacia de Gravataí, do
meio-dia às 11h da noite para fazer o flagrante, porque tinha um escrivão na
Delegacia de pronto atendimento em Gravataí, ou seja, seis policiais militares
trancados do meio-dia à meia-noite, tendo todas as ocorrências para atender. Eu
cheguei às cinco e meia da tarde em Gravataí, não me apresentei como Vereador,
me apresentei como um cidadão comum, e saí de Gravataí praticamente à
meia-noite. Seis horas só para confirmar que fui eu a pessoa assaltada naquele
momento.
Peço que possamos, juntos, fazer um esforço pela
Segurança pública da nossa Cidade. Nós estamos vendo que os índices estão
aumentando, coisa que estava diminuindo nos últimos anos na nossa Cidade e no
nosso Estado. A situação é séria! Cada vez mais tenho recebido telefonemas no
meu gabinete de pessoas que estão sofrendo os mesmos fatos e os mesmos
acontecimentos seguidamente. Nós precisamos tomar uma providência e nomear cada
vez mais servidores para a nossa área da Segurança pública.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Carlos Todeschini; venho aqui, em
nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, para fazer um pequeno registro,
meu querido Ver. Kevin Krieger. Nós aprovamos e votamos uma Secretaria de
Segurança Municipal que tem recursos, inclusive federais, e que não cumpriu a
sua tarefa de ser a organizadora da Segurança no Município de Porto Alegre. As
suas críticas são bem-vindas, nós queremos fazer esse registro, pois precisamos
fazer com que essa Secretaria funcione, atinja o seu objetivo.
E quero falar aqui em nome da minha Bancada a
respeito do Presidente Lula ou, diga-se de passagem, do grande Presidente Lula,
estadista reconhecido não só nacionalmente como mundialmente.
É óbvio que eu entendo o
discurso do meu amigo Ver. Luiz Braz, que representa aqui aquela oposição que
tinha como referência nacional o Senador do DEM, que agora não tem como se
explicar, porque desmoronou toda a sua estrutura, ou melhor, a sua falsa
estrutura da moralidade. O Senador Demóstenes
Torres era referência dessa visão do DEM e do PSDB, que nunca reconheceram e
não reconhecem o Presidente Lula, aquele trabalhador que saiu, num pau de
arara, com a sua mãe e os outros filhos, do Interior do Nordeste; que foi uma
grande liderança dos trabalhadores; que venceu um processo eleitoral; que
iniciou um processo de transformação deste País; que é um estadista, hoje, e
que fez, no processo histórico deste País, a sua sucessora, a primeira mulher
Presidenta, a Presidenta Dilma, que já foi Diretora desta Casa e que tem, hoje,
83% de aceitação da população brasileira.
É óbvio – é óbvio! – que a oposição não aceita e se desespera.
Diante dessa situação, nesta semana saiu mais
uma pesquisa sobre os Partidos políticos, e aqueles que dizem que a população
não tem Partido político se enganam: 48% da população brasileira diz que tem,
sim, preferências partidárias. E aí eu tenho o prazer de dizer que o meu
Partido, o PT, o Partido do Presidente Lula, o Partido da Presidenta Dilma,
aparece com nada mais nada menos do que 28% de aceitação como Partido de
preferência nacional. Vinte e oito por cento!
Bom, e aí o que
acontece num ano eleitoral como este, como já aconteceu nos outros anos
eleitorais? Parte da mídia brasileira, com setores políticos – entre eles, o
PSDB e o DEM –, com setores empresariais, cria as suas versões, e a versão que
está colocada neste momento é o desespero, porque estamos novamente num ano
eleitoral. Esta é a realidade, este é o debate! Então, não dá para
escamotearmos aqui, não dá para nós não enfrentarmos politicamente este debate.
No momento, o Brasil
é referência mundial, porque o projeto e o programa que aí estão, eles foram e
são de responsabilidade do nosso Partido com os aliados. O PT que cresceu, o PT
que amadureceu, o PT que estabeleceu o diálogo, o PT que governa gerando e
distribuindo renda. E, hoje, 63% da população brasileira já é classe média.
Portanto, quero dizer
que este é o debate. E venho aqui, com muita honra, em nome do meu Partido,
para dizer que o Presidente Lula merece o nosso respeito...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Apregoo
Requerimento do Ver. Adeli Sell, que, como Presidente da Escola do Legislativo,
faz viagem em representação, em missão especial, para a cidade de Natal,
representando a nossa Escola do Legislativo num evento da ABEL e Unale a
realizar-se de 29/5/2012 a 1/6/2012, com saída no dia 29/5/2012, no horário
aproximado das 18 horas, com retorno no dia 1/6/2012, no horário das 14 horas.
Conforme dispõe o art. 24-B, da Resolução de Mesa nº 248/01, pede o
parcelamento dessa despesa da sua quota.
O Ver. Valter
Nagelstein está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Sr.
Presidente, Ver. Carlos Todeschini; Vereadores, Ver. Idenir Cecchim, acho que
as nossas preferências políticas, meu caro André Carús, não podem ter o condão,
não podem ter a capacidade de nos nublar a visão das coisas, de nos roubar ou
de nos sequestrar o direito de justiça, de retirar de nós a capacidade, Ver.
Elói Guimarães, de lutarmos
– e V. Exa. luta há tantos anos – por aquele país que, desde sempre, talvez
desde que aqui tenha aportado a primeira nau portuguesa, nós almejamos; e,
talvez, foi naquele momento que nós tivemos o primeiro caso de escambo, de
troca, de corrupção, quando alguém pegou o indígena, deu um espelhinho e pediu
em troca aqueles adereços de ouro que o indígena tinha. Desde então, sempre tem
um malandro enganando o povo brasileiro.
Olha,
nós estamos juntos no Governo Federal, nós, eu digo, Ver. Idenir Cecchim, o
PMDB e o PT, e nós oferecemos ao PT, a pretexto da governabilidade, Ver. Thiago
Duarte, o PDT, o PMDB, o nosso apoio, porque nós queremos, sim, construir este
Brasil, Ver. Luiz Braz, que todos nós, há 500, anos almejamos. Mas construir
este País não quer dizer que nós não tenhamos um projeto de nação, ou que nós
soneguemos ou coloquemos na lata do lixo da História o projeto de nação em
favor de um projeto de poder, quando se verifica que um ex-Presidente da
República, quebrando o decoro, atentando contra sua História, contra a
trajetória, contra aquilo que o próprio povo brasileiro de mais sagrado lhe
deu, que foi a sua confiança, busca o mais alto magistrado da mais alta Corte
de um país e faz a este uma proposta indecorosa. E viva a imprensa livre!
Porque tem aqui aqueles que falam da ditadura, e falam com razão; e falam da
censura, e falam com razão, mas que, por interesses menores, interesses outros,
interesses partidários, batem na imprensa quando ela ataca os interesses que
lhes são opostos. São duas verdades, mas a verdade não tem duas caras; a
justiça não tem duas caras; a fome não tem dois estômagos, e o povo não tem
mais paciência.
O
Paulo Sant’Ana, hoje, na sua coluna, fala, e a fala, parece-me, que traduz
muitos sentimentos de muitos de nós. Eu não estava lá nesse encontro
tripartite, diz ele, nenhum brasileiro entre nós assistiu a esse excêntrico
encontro tríplice, mas, aos brasileiros mais atilados, não escapou de que lado
vinha o melhor aroma da verdade. Todos nós que temos um pouquinho mais de senso, de apuramento, sabemos o que houve nessa
reunião; sabemos das pressões que foram feitas; sabemos que o projeto do
Partido é ser hegemônico – tanto ele quer hegemônico, que ele deu a ele próprio
o nome de Partido dos Trabalhadores, ou seja, quer abarcar tudo. Não é o
Partido da democracia, como é o PMDB; não é o Partido do trabalhismo, que é o
PDT; não é o Partido da social democracia, que é o PSDB; da liberdade, da
Pátria; não é: é o Partido hegemônico, esse que quer ser essa grande árvore
frondosa e que só a verdade dele é que vale, Ver. João Bosco Vaz.
A esse tipo de
interesse, a esse tipo de prática política, nós precisamos dizer, em amor ao
Brasil e em amor à democracia: não! E que não venham aqui nos mentir. E que não
venham aqui fazer cortina de fumaça, com honorários de advogados e seja lá o
que for.
O Brasil quer saber,
Ver. Márcio Bins Ely, o que acontece nos escaninhos da República, desses
grandes acordões, dessas grandes negociatas, dessas concertações, como fala o
nosso Governador, concertações que conspiram em favor de um projeto de poder e
contra o povo brasileiro. Não a isso! Não a isso!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Márcio
Bins Ely está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Sr. Presidente, Ver.
Carlos Todeschini; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos assiste
nas galerias e pela TVCâmara, venho a esta tribuna hoje, no período de
Liderança do meu Partido, o PDT, em nome dos Vers. João Bosco Vaz, Dr. Thiago
Duarte, Mauro Zacher e em meu nome, tecer algumas considerações a respeito dos
avanços na legislação de Porto Alegre com relação à sustentabilidade, com
relação à garantia da qualidade de vida das futuras gerações e os avanços
efetivos que as Leis Municipais têm garantido na questão ambiental.
Em 2009, foi aprovada
nesta Casa a revisão do Plano Diretor, na qual algumas ferramentas importantes
já foram implementadas. E, hoje, nós estaremos votando mais um Projeto que
caminha no sentido de também dar sustentação a questões de ordem prioritária no
que diz respeito à sustentabilidade em Porto Alegre, que é o Projeto de Lei que declara
os túneis verdes como áreas de uso especial, iniciativa do Ver. Beto Moesch.
Eu quero também fazer algumas referências e somar
um acúmulo de outras legislações que eu quero apontar aqui, que entendo que
foram oportunas, relevantes e, ao longo do tempo, a médio e longo prazo, terão
um grande reflexo para as futuras gerações – um reflexo positivo,
principalmente no quesito ambiental.
Faço menção, primeiramente, ao Plano Diretor,
quando da aprovação do escalonamento da redução dos percentuais de afastamento.
O Plano Diretor que vigorou de 1999 até 2009 tinha um percentual fixo de
afastamento entre os empreendimentos de 18%. Hoje, se fez um escalamento que
vai até 25% de afastamento entre um prédio e outro. O que isso implica, Ver.
Dr. Goulart? A redução dessa margem permite melhor iluminação e melhor
ventilação, portanto, melhor qualidade de vida.
Nessa mesma linha caminhou, também por iniciativa
do Ver. Beto Moesch, a Emenda que garantiu um percentual de áreas livres permeáveis
e vegetadas para todos os imóveis na Cidade, porque, ao contrário disso, nós
chegaríamos, quem sabe, aos moldes de São Paulo, e, a cada chuva, poderíamos
ter grandes alagamentos em Porto Alegre. Então, foi também um avanço, que, em
alguns casos, teve que ser combatido com muito investimento, Ver. Idenir
Cecchim, como foi o caso do Conduto Forçado Álvaro Chaves, que foi um
investimento para combater uma questão que ocorria há tempo, principalmente no
4º Distrito, naquela região da Av. Goethe, onde se viu algumas fotos com
caiaques, jet skis, usadas como forma
de deboche, com as pessoas questionando e incitando o Poder Público na busca de
uma solução para aquela situação.
Agora, existe uma responsabilidade de todos com a
questão da permeabilidade das águas, e não se pode mais impermeabilizar todo um
terreno; está se dividindo com a população a responsabilidade de questões
ambientais relevantes. Então, nós teremos, hoje, mais um debate a respeito dos
túneis verdes.
Eu acho que mais uma ferramenta importante no
quesito ambiental, nas compensações, é o Projeto, também aprovado nesta Casa,
que instituiu o Estudo de Impacto de Vizinhança, que releva também aspectos
relativos a questões ambientais no meio urbano, porque existe uma diferença
entre tratar de questões de sustentabilidade no meio urbano e nas áreas rurais,
ou até nas áreas de floresta. Eu acho que uma questão importante está sendo
debatida, inclusive com a possibilidade de alguns Vetos, que é o Código
Florestal, mas nós esperamos que a legislação possa estar adequada a questões
urbanas, nas áreas urbanas.
Quero cumprimentar, em nome da nossa Bancada, essa
iniciativa. Acho que Porto Alegre já teve o seu destaque quando se tornou
referência, inclusive internacional, por seus túneis verdes, pela preservação
das copas de árvores. Então, cumprimentos, em nome da Liderança da nossa
Bancada, por essa iniciativa. Tenho certeza de que a Casa acompanhará a
votação, que tem por objetivo preservar esses recantos verdes, esses túneis
verdes nas ruas e avenidas da nossa Cidade. Pela iniciativa, Ver. Beto Moesch,
nossos cumprimentos. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Ver.ª Maria Celeste.
A SRA. MARIA
CELESTE: Sr. Presidente, faço um registro para todos os Vereadores que estão no
plenário. Nós conseguimos, através de uma intervenção do Presidente desta Casa,
a abertura do diálogo com o Sindicato dos Municipários na paralisação e na
pauta que está sendo colocada. E hoje, agora, às 15h30min, numa comissão de Vereadores,
iremos até o Secretário Busatto para tratar dessa mediação e dessa abertura de
diálogo, a partir da iniciativa da Câmara.
Quero registrar, especificamente, que estou
recebendo alguns telefonemas – a Ver.ª Sofia e Ver.ª Fernanda também – com
denúncias de Diretoras de escolas que estão sendo pressionadas pela Secretária,
no sentido de entregar, até amanhã, a lista do ponto do dia da paralisação,
que, se não me falha a memória, foi na semana passada, no dia 20 de maio,
quando, aqui nesta Casa, os municipários compareceram. Nós não podemos admitir
e conceber que, ao se retomar uma negociação, haja atitudes arbitrárias por
parte de alguns Secretários em relação, especialmente, ao ponto desse dia de
paralisação e de mobilização. Então, faço este registro público para os
Vereadores, lamentando que o Líder do Governo não esteja neste momento, e
gostaria que pudéssemos, nessa reunião que o Presidente desta Casa está
organizando, fazer um apelo à Prefeitura Municipal para que retome efetivamente
a negociação e que não haja pressão e perseguição aos municipários. Obrigada.
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Feito o registro, Ver.ª Maria Celeste. Não há mais
Líderes inscritos.
Convido as Lideranças para virem até a Mesa, para
que possamos fazer o acordo para o prosseguimento da Sessão. (Pausa.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini – às 15h27min): Havendo
quórum, passamos à
Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. DJ Cassiá, que solicita a retirada das Emendas
nº 19 e 20 ao PLL nº 187/08. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo a
Emenda nº 22 ao PLL nº 187/08, de autoria
dos Vers. João Carlos Nedel, Márcio Bins Ely e Tarciso Flecha Negra.
Apregoo a
Emenda nº 23 ao PLL nº 187/08, de autoria
dos Vers. João Carlos Nedel e Tarciso Flecha Negra.
Apregoo a
Emenda nº 01 ao PLCL nº 023/05, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto e
outros.
Apregoo o
Requerimento, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, solicitando dispensa do
envio da Emenda nº 01 ao PLCL nº 023/05, à apreciação das Comissões, para
Parecer. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como
se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo o
Requerimento, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, solicitando votação em
destaque da Emenda nº 01 ao PLCL nº 023/05.
Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Pedro Ruas, solicitando a inversão da ordem dos
trabalhos, para que o PLL nº 187/08 seja votado em primeiro lugar. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 3862/08 –
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 187/08, de autoria do Ver. Beto Moesch, que declara os Túneis Verdes
como áreas de uso especial, com base no art. 51 da Lei Estadual nº 11.520, de 3
de agosto de 2000 – Código Estadual do Meio Ambiente –, e no art. 86 da Lei
Complementar nº 484, de 1º de dezembro de 1999 – Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano Ambiental –, e em atendimento aos arts. 236, § 1º, V,
242, “caput”, e 243 da Lei Orgânica do Município, e dá outras providências. Com
Emenda nos 03, 05, 06, 08, 09, 10, 16 a 21. Com Subemenda nº 01 à
Emenda nº 10.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela inexistência de óbice de natureza
jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;
-
da CEFOR. Relator Ver. Idenir Cecchim: pela rejeição do Projeto e da
Emenda nº 01;
-
da CUTHAB. Relator Ver. João Pancinha: pela aprovação do Projeto e da
Emenda nº 01;
-
da CECE. Relatora Verª Fernanda Melchionna: pela aprovação do Projeto e
da Emenda nº 01;
-
da COSMAM. Relator Ver. Dr. Thiago Duarte: pela aprovação do Projeto e
da Emenda nº 01.
Parecer Conjunto:
- da CCJ, CUTHAB e COSMAM. Relator-Geral Ver. Dr.
Thiago Duarte: pela aprovação das Emendas nos 03, 05, 06, 08, 09 e
10, e da Subemenda nº 01 à Emenda nº 10; e pela rejeição das Emendas nos
02, 04, 07, 11, 12, 13, 14 e 15.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia em 13-12-10;
- incluído na Ordem do Dia por força do
art. 81 da LOM em 23-05-12.
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Em discussão o PLL nº 187/08. (Pausa.)
O SR. BETO
MOESCH (Requerimento): Para colaborar: só não há acordo em uma Emenda, a
de nº 23, que é a última, e à qual até solicitamos que seja voto contrário,
porque ela compromete o Projeto. Nas demais Emendas, há acordo para aprovação.
Portanto, nós poderíamos aprovar o Projeto com as Emendas, com exceção da
Emenda nº 23. Esta é a sugestão, portanto, solicito destaque à Emenda nº 23 ao
PLL nº 187/08.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, a Emenda nº 23 ainda não chegou até
nós. Se o senhor pudesse, no mínimo, ler a Emenda...
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Está sendo distribuída, os senhores a receberão em
suas mesas.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Muito obrigado.
O SR. DR.
THIAGO DUARTE: Só quero fazer um resumo, Presidente. Votação em bloco de todas as
Emendas, destacando a Emenda nº 23 para votar em separado, e, depois, o Projeto.
Esta é a solicitação.
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Perfeito.
Anuncio as Emendas que serão votadas em bloco: nº
01, 03, 05, 06, 08, 09, 10; Subemenda nº 01 à Emenda nº 10; e as Emendas nº 16,
17, 18, 21 e 22.
Foram rejeitadas nas Comissões as Emendas nº 02,
04, 07, 11, 12, 13, 14 e 15. Foram retiradas as Emendas nº 19 e 20.
Em votação o bloco das Emendas anunciadas ao PLL nº
187/08. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO, por unanimidade.
Em votação a Emenda nº 23, destacada, ao PLL nº
187/08. (Pausa.) O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para encaminhar a
votação da Emenda nº 23 ao PLL nº 187/08.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Ver. Carlos Todeschini; Srs. Vereadores, Sras.
Vereadoras, a Emenda nº 23 é de minha autoria. O que diz a Emenda nº 23? (Lê.):
“Retira o Beco 1 da Rua Dra. Vera Knijnik.” O Beco 1 não existe mais. Não
existe mais! Ele foi incorporado pela Rua Dra. Vera Knijnik. Então, não pode
ser considerado Área de Uso Especial, porque não existe mais. Simples. Retira a
Rua Bazílio Pellin Filho, que tem três interrupções lá na rua. A Rua Bazílio
Pellin Filho começa lá no Sétimo Céu e não tem calçamento. Portanto, se houver
calçamento, vai modificar a paisagem arbórea lá, também, porque vai ter que ser
alargada. Mais à frente, a Rua Bazílio Pellin Filho termina, porque ela vem de
um braço do Morro do Osso. Duas quadras depois, ela continua, asfaltada,
bonitinha, tudo certinho. Mais umas seis quadras, ela termina novamente, e há
uma abertura, uma estrada e lá há até uma criação de cavalos na própria Rua
Bazílio Pellin Filho. Então, eu estou retirando essa rua, porque ela, no
futuro, deverá ser urbanizada, deverá ser completada, e, se ela for túnel
verde, não pode tirar o verde de lá.
O terceiro item: a Rua Duque de Caxias. Da Rua Duque de Caxias, só uma parte é túnel verde; a outra parte, depois da Assembleia, até o fim, não é mais túnel verde. Então, não pode ser declarada túnel verde a Área de Uso Especial, inclusive área de Governo do Estado e tal. Eu estou retirando. E estou retirando a Rua Santa Cecília, que tem previsão de alargamento desde a Rua Neuza Brizola até a Av. Ipiranga, para flexibilizar o trânsito ali, que está um caos. Eu sei, porque eu moro no bairro Santa Cecília. E também estou tentando, Ver. Pedro Ruas, suprimir – se o senhor tiver o Projeto, é bom que leia – o parágrafo único do art. 7º.
Senhoras e senhores, Ver. Professor Garcia, V.
Exa., que foi Secretário do Meio Ambiente, o parágrafo único diz assim: “os
demais logradouros com características de túneis verdes deverão [olhem o termo,
é uma imposição] ser declaradas como áreas especialmente protegidas, mediante
instrumentos normativos como (...)”. Senhoras e senhores, Ver. Comassetto, tem
que ser declarada como túnel verde mediante decretos – o que é irregular –,
resoluções de conselhos. Que conselhos? Qual é o conselho? O Conselho do Meio
Ambiente? Sei lá. Resolução de Conselho, Ver. Pedro Ruas, V. Exa. que é
advogado! Tem mais: portarias. Meu Deus do céu, o que estão fazendo com a
Câmara, que está aprovando um Projeto mediante lei!? E agora os outros têm que
ser por portaria! Meu Deus do céu! Querem terminar com a Câmara! Então, é
melhor nós irmos para casa, porque pode ser por resoluções de conselhos,
portarias ou leis! Claro, tem que ser por leis, e não por isso.
Portanto, peço a aprovação desta Emenda por ser
adequada e legal.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Beto Moesch está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 187/08.
O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, em primeiro lugar, quero agradecer à Mesa,
agradecer aos funcionários da Casa, aos Vereadores e Vereadoras, aos moradores
das ruas que são túneis verdes e à imprensa por terem apoiado um Projeto tão
importante para a Cidade, tão criativo, embora até mesmo muito singelo em
termos de proteção, porque ele nada mais, nada menos reconhece, Ver. Pedro
Ruas, as ruas que têm túneis verdes como patrimônio da Cidade, regulamentando
parcialmente a Lei Orgânica, regulamentando parcialmente o Plano Diretor.
Com relação à Emenda
nº 23, por que somos contrários? O problema não são as ruas. A Rua Duque de
Caxias, eu lamento sair a Rua Duque de Caxias. O problema não é sair a Rua
Duque de Caxias, o problema não é sair a Rua Santa Cecília, que é um túnel
verde típico da Av. Protásio Alves até o IPA. O problema é a tentativa de
supressão do parágrafo único do art. 7º, que diz que não para por aí e não pode
parar, novos túneis verdes devem ser identificados e declarados como tais ou
por decreto, ou por resolução, ou por portaria. É isso.
Vou dar um exemplo: o
próprio Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Porto Alegre,
que não é uma entidade ecológica, está reclamando – e com razão –, como é que a
Rua da República não está no rol. E não está. Mas o parágrafo único do art. 7º
garante que, logo em seguida, a Prefeitura, ou por demanda da Câmara, ou por
demanda do Sindpoa, ou por demanda dos moradores da Rua da República, Ver. Toni
Proença, solicitem a transformação também da Rua da República como uma Área de
Uso Especial e, portanto, como um patrimônio turístico, paisagístico,
histórico, cultural e ecológico da Cidade. O problema é justamente a supressão
desse parágrafo, que é, Ver. Tarciso, a garantia de nós continuarmos
transformando ruas desta Cidade como túneis verdes. Aliás, esse era o grande
objetivo. A minha estrutura é de um gabinete, eu não tenho como fazer a
radiografia de todos os túneis verdes da Cidade, nem a SMAM tem isso; o
objetivo justamente era esse. Os Vereadores fizeram várias contribuições com
novas ruas...
(Aparte
antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR. BETO MOESCH: Aí é que eu ia
chegar, a ideia era justamente provocar, no bom sentido, a Cidade, para que
colocassem novos túneis verdes, mostrando para nós mesmos e para o mundo,
literalmente, que Porto Alegre tem túneis verdes, não só ali no bairro Floresta
ou no Moinhos de Vento, mas em toda a Cidade. Naqueles lugares que não tem,
poderá ter, se plantarmos árvores e cuidarmos delas.
Então, o que está por
trás de tudo isso é o saber cuidar de uma cidade! Saber cuidar de uma cidade é
garantir que esta seja uma Cidade verdadeiramente – não só falando
discursivamente – sustentável! Assim como temos que cuidar das casas, das
calçadas, das ruas, do nosso mobiliário urbano, da limpeza da Cidade, temos que
cuidar das árvores da Cidade, porque elas fazem parte dela; elas são
imprescindíveis para a Cidade tanto quanto uma rua ou um prédio. É isso que buscamos, tão somente, com este Projeto, Ver.ª
Fernanda: reconhecer isso.
O Ver. Goulart me
traz aqui a principal revista imobiliária do Brasil (Mostra a revista.), que é
levada para a Europa, para Miami, e a chamada é justamente Porto Alegre, porque
os túneis verdes estão valorizando os imóveis na Cidade; portanto, o meio
ambiente é ar, clima, fauna, mas é também business,
sim, é turismo! Ou seja, o próprio setor imobiliário está ressaltando isso.
Portanto, hoje é um
dia histórico para a Câmara de Vereadores. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Em votação nominal,
solicitada pelo Ver. Beto Moesch, a Emenda nº 23 ao PLL nº 187/08. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) REJEITADA
por 01 voto SIM e 22 votos NÃO.
Em votação nominal,
por solicitação do Ver. Beto Moesch, o PLL nº
187/08. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 26 votos SIM
e 01 voto NÃO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 3243/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 023/05, de autoria do Ver. Engenheiro
Comassetto, que altera a redação do § 10 e inclui novo § 11, renumerando os
demais, no art. 70 do texto em vigor da Lei Complementar nº 07, de 07 de
dezembro de 1973, e alterações posteriores, que institui e disciplina os
tributos de competência do Município, inserindo as associações ou clube de mães
e associações comunitárias nas isenções da Taxa de Coleta de Lixo.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver.
Almerindo Filho: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver.
João Airto Ferronato: pela rejeição do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver.
Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da COSMAM. Relator Ver.
Márcio Bins Ely: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da
maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 14-03-12.
O
SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Em discussão o
PLCL nº 023/05 e a Emenda nº 01. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em
votação a Emenda nº 01 ao PLCL nº 023/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA.
Em votação o PLCL nº 023/05. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini – às 15h51min): Está encerrada a Ordem do Dia.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Ver. Todeschini, Secretário da Mesa, eu tenho um questionamento a V.
Exa. para a Mesa Diretora sobre o tema dos técnicos científicos desta Casa que
estavam se manifestando mais uma vez neste plenário. Nós estamos quase em
junho, estamos vendo que os funcionários estão com o seu pleito de
complementação da GIT há alguns meses e não têm ouvido uma resposta objetiva. É
contraditório que o Presidente Mauro Zacher acolha os municipários do
Executivo, reabra a negociação e não responda objetivamente aos funcionários do
Legislativo, que têm um pleito correto, justo, de equivalência com o Executivo.
Então, eu peço a V. Exa. que, em nome da Mesa, acolha essa demanda com uma
resposta objetiva.
O segundo tema é o encerramento do projeto da
jardinagem nesta Casa. Há um protesto das entidades da criança e do
adolescente, e eu gostaria de solicitar a V. Exa. uma reunião de Mesa e
Liderança, o mais breve possível, para que eu e os Vereadores que quiserem
possam participar e conversar sobre o tema. Eu acho que é um péssimo exemplo
para a cidade de Porto Alegre, uma sinalização muito ruim para a imagem do
próprio Parlamento, desacumular na área da infância e da adolescência.
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O.k. Ver.ª Sofia,
para esclarecer: na última segunda-feira, em reunião de Mesa, estiveram presentes
os representantes da categoria, e foi feita uma tratativa em que estão se
produzindo os ajustes para viabilizar o cumprimento do estabelecido sobre a
GIT. Em segundo lugar, convido V. Exa. para a próxima reunião de Mesa e
Lideranças, na segunda-feira, às 11h, para tratar do assunto relativo aos
estagiários, pois também há um encaminhamento sobre a presente matéria.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC. Nº 1093/12 – PROJETO DE RESOLUÇÃO
Nº 022/12, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que concede o Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre ao
Trinta e Cinco Centro de Tradições Gaúchas.
PROC. Nº 1214/12 – PROJETO DE RESOLUÇÃO
Nº 025/12, de autoria do Ver. Idenir Cecchim, que
concede o Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre ao senhor Ronaldo Netto
Sielichow.
PROC. Nº 1216/12 – PROJETO DE RESOLUÇÃO
Nº 026/12, de autoria do Ver. Valter Nagelstein, que concede o Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre ao
Grupo de Diálogo Inter-Religioso de Porto Alegre – Dirpoa.
PROC. Nº 1266/12 – PROJETO DE RESOLUÇÃO
Nº 030/12, de autoria da Mesa Diretora, que
institui o Sistema de Gestão Ambiental da Câmara Municipal de Porto Alegre
(Siga).
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 1078/12 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 012/12, de autoria da
Verª Sofia Cavedon, que
altera o caput do art. 2º e o inc. II do caput e o § 2º do art.
3º e inclui inc. IX no caput do art 2º da Lei Complementar nº 589, de 19
de fevereiro de 2008, dispondo sobre composição e mandato dos membros do
Conselho Municipal do Fundeb.
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. Não há mais Vereadores inscritos. Está
encerrada a discussão da Pauta.
Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 15h54min.)
* * * * *